BAGDÁ CAFÉ
‘Eu estou chamando por você’
VAZANTE DE GUIZOS
‘Eu estou chamando por você’
grita a canção dentro do filme.
Areia deserto solidão:
- Vem ficar mais perto, meu lume!
E me deixa dizer que espero,
me deixa morrer de ciúme
se desperto o amor se for
sem eu supor quieto o crime.
Sei desses dias - sorriso e queda
-
na corda bamba, passo íngreme.
Saindo incerto no meio da cena...
Ainda chamando por você
na mesma chama, meu vislumbre!
(O tempo se incumbe na arena)
CHUVA
DE VENTO
Chuva
de vento
Chove
de dentro
Do
coração
Chuva
de vento
Todo
sentimento
Vem
sem direção
Chuva
de vento
Leva
no tempo
Nossa
canção
Chuva
de vento
Todo
momento
É
revelação
Eu iludido de luzes
E atarantado de sombras
Eu príncipe destronado
Vaguei entre fumaças e ondas
Eu solto fartei vazios
No branco vasos sem cores
Eu revelando aqui e ali
Despi um lodo de odores
Eu então apodreci de rios
Meus olhos sem correntezas
Eu sim! Vazante de guizos
De desertas cordilheiras
Eu fui esperar das palavras....
(Ria e assim em sono jazia
eu nem sabia de sua flores
no meu córrego de horrores)
ALFINETE
DE REI
?Quem
quer viver para sempre
quem
quer ser só aparente
se
pra morrer essa gente
nascer
sereia girafa serpente?
?Quem
quer ser vil consciente
politicamente
ser subserviente
se
ninguém veio pra semente
alfinete
de rei espeta o regente?
‘O
homem não estava de todo ciente’
autoridade
selou inconveniente:
-
A cabeça se corta pela frente!
(pela
raiz só mais um inocente)
Ser
é mais ou menos diferente
se
você sabe bem o que sente.
CÓRREGO
DOS ARREPENDIDOS
Minha
poesia nos afasta
Sim! De
tanto silêncio seu
Chego a
ouvir dentro de mim
Filetes
de água escorrendo
Como se
eu tivesse uma boiada
Em
estranha estourada
Eu sinto
a morte e seu hálito
Não sem
alguma morbidez
Porque de
alguma forma sobrevivemos
Dia após
dia sabendo o próximo
Depois de
se viver o primeiro
Pode ser
o derradeiro
E não foi
a enchente fazendo um rio
Do curral
até o córrego
Os bois
subiram o pasto
Uns sem
olhos terríveis
Silenciosos
do toque de um berrante
Bem no
último instante
E por
pouco não foram tomados
Não fosse
meu pai e minha mãe
Selvagens
gritando entre os latidos
E os desentrevados
relâmpagos!
Porque o
passado vem agora
Com seus
mil estômagos?
Ainda que
a chuva venha forte
E a velha
ponte suspensa caia
Nos olhos
de quem não somos mais
De quem
nem fomos, mas disfarçamos
Então o
que dói dentro da gente
Se as
águas passam de repente
E nós
reencontramos nossos pais
Agora como
os velhos filhos
Nem é o
seu silêncio na enchente
Pois
nasce sempre um sol estribilhos
Com seus
deuses vencidos
No meu
córrego dos arrependidos
3 comentários:
destaco-..."pois nasce sempre um sol estrebilhos
com seus deuses vencidos
no meu córego dos arrependidos...'
toda tua escrita seca encarrilhada, parada não dando nem dando nada...faz que queixa mas se conforma, faz que odeia, e repele mas ama.sem conjunções.perdidamente.finge como pesta que não sente.. quero ler mais...fatima
DESCULPE-ME VOU REPOSTAR-:-..."faz que queixa mas se conforma, faz que odeia e repele mas ama. semconjunções.perdidamente.finge como poeta que não sente...' AGORA FICOU UM POUCO MELHOR NÉ?
DESCULPE-ME VOU REPOSTAR-:-..."faz que queixa mas se conforma, faz que odeia e repele mas ama. semconjunções.perdidamente.finge como poeta que não sente...' AGORA FICOU UM POUCO MELHOR NÉ?
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