domingo, 3 de dezembro de 2017

SONETO PARA ADÉLIA PRADO



De algum refinamento seremos todos escravos
Mesmo os mais rudes homens cheirando às pescarias
Arrogando orgulhosos os silêncios dos parvos
Em suas histórias de astutos ressaltam poesias:

- O lambari atravessou o ar feito um relâmpago!
Era noite dentro de treva e a luz a espera
Se entre os fracos aviltamos a voz ao escândalo
Às vezes do mato respira o medo, nossa fera

Mesmo que a palavra não seja mesmo de luxo
E o pelejador ainda assim alimente o seu custo
Pra justificar o roubo aos deuses inumeráveis

- Eu vi a mãe d’água e jamais vou esquecer seu canto
Se eu pesco larvas, desconverso fantasmas, meu tanto...
Entre rãs sobressaltadas as musas são impecáveis!

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